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Ensaio clínico randomizado revela: diástase abdominal é reduzida significativamente com este protocolo

    Foi necessário abrir bastante espaço durante 9 meses de gestação.

    E agora, você como profissional da área, deve ajudar o corpo da sua aluna/paciente a reajustar tudo o que aconteceu:

    • Está sobrando muito espaço;
    • Musculatura está sem tônus;
    • Os ligamentos voltando ao lugar assim como a pelve;
    • O peso sobre o períneo;
    • A coluna sofreu bastante alterações.

    E a sua intervenção é fundamental para a mulher recuperar sua estética e qualidade de vida. Um estudo científico(1), comprovou uma prevalência da DRMA de 61,36%. Das puérperas que apresentaram DRMA, 31,5% eram primíparas e 68,5% multíparas.

    Logo, sem a sua ajuda, provavelmente o corpo delas não conseguirá se restabelecer sozinho, segundo o estudo.

    Por isso, hoje gostaria de lhe apresentar um protocolo que apresentou uma alta relevância estatística no estreitamento da linha alba.

    Um ensaio clínico randomizado deste ano (2019) feito pela “Journal of Musculoskeletal and Neuronal Interactions” (JMNI)(3), teve como objetivo descobrir a eficácia de exercícios de estabilidade profunda do Core no fechamento da diástase dos retos abdominais e na melhoria geral da qualidade de vida das mulheres no pós-parto.

    O grupo de estudo foi composto por 40 mulheres com diástase retal, com idades entre 23 e 33 anos, que foram divididas aleatoriamente em dois grupos.

    Grupo A

    As 20 mulheres do Grupo A passaram por um programa de fortalecimento profundo de estabilidade do “Core”, mais um programa de exercícios abdominais tradicionais, 3 vezes por semana, com duração total de 8 semanas.

    Protocolo de exercícios do grupo A:

    • Bracing abdominal;
    • Respiração diafragmática;
    • Contração do assoalho pélvico;
    • Prancha;
    • Contração abdominal isométrica;
    • Exercícios abdominais tradicionais.

    As mulheres deste grupo fizeram 3 séries de 20 repetições para cada exercício, mantendo uma contração por 5 segundos, seguida de 10 segundos de relaxamento, para cada repetição. As participantes também foram aconselhadas a repetir o mesmo programa de exercícios diariamente em casa.

    Grupo B

    As outras 20 mulheres, formando o segundo grupo, foram submetidas apenas ao programa tradicional de exercícios abdominais, 3 vezes por semana, durante 8 semanas.

    Protocolo de exercícios do grupo B:

    • Contrações abdominais estáticas;
    • Inclinação pélvica posterior;
    • Exercício de abdominais invertidos;
    • Torção do tronco;
    • Exercício de torção reversa do tronco.

    Todas as mulheres deste grupo foram solicitadas a realizar 3 séries de 20 repetições para cada exercício, mantendo uma contração por 5 segundos, seguida de 10 segundos de relaxamento, para cada repetição. Igualmente ao grupo A, as participantes do grupo B também foram aconselhadas a repetir o mesmo programa de exercícios diariamente em casa.

    Após esse procedimento, a separação inter-retal foi medida com paquímetro digital de náilon, enquanto a qualidade de vida foi medida pela Escala de Funcionalidade Física (PF10) para todos os participantes.

    Os resultados

    O grupo A teve uma queda estatisticamente relevante da diástase do reto abdominal e também mostrou uma melhora altamente relevante estatisticamente em relação à qualidade de vida nos grupos de estudo.

    Ou seja, o estudo concluiu que:

    “O protocolo de exercícios de “deep core stability” é eficaz no tratamento da diástase do reto e na melhoria da qualidade de vida das mulheres no pós-parto.”

    Como potencializar ainda mais este protocolo

    Os exercícios do LPF já contemplam boa parte dos exercícios do grupo A deste estudo. O método tonifica músculos profundos abdominais e perineais, porém agregará ainda mais com outros benefícios para a mulher no pós-parto.

    Caso você não saiba, o LPF utiliza-se de técnicas de reeducação postural combinado com técnicas respiratórias.

    A sucção visceral combinada com outros fundamentos da metodologia Low Pressure Fitness, estimulam a produção de fibroblastos e, portanto, a secreção de colágeno. Com o treinamento sistemático e bem direcionado, a linha alba que encontrava-se distendida vai se regenerando e promovendo a junção do reto abdominal novamente.

    Agregando o LPF, você conseguirá:

    • Reeducar e organizar a postura da paciente/aluna;
    • Melhorar o tônus abdominal;
    • Recuperar a sinergia respiratória;
    • Aumentar a produção de fibroblastos na linha alba (caso queira saber mais sobre a linha alba, leia este outro artigo aqui).

    Sendo assim, aliando exercícios de estabilidade profunda do “Core” com o LPF, você conseguirá formar um sistema completo para corrigir a diástase abdominal. (Caso queira saber mais sobre como o LPF atua na diástase, leia este outro artigo aqui).

    E você pode começar o quanto antes, desde que o médico libere, porque há evidências de redução da DMRA durante o puerpério imediato, como mostra o estudo publicado na UNISC (2).

    Se você já percebeu a extrema contribuição do LPF para o seu arsenal de técnicas, te convido a comparecer em alguma formação de nível 1 na cidade mais próxima a você. Confira nossa agenda, faça sua inscrição e compareça.

    Espero ter te ajudado com este artigo.
    Até um próximo artigo.


    Referências:

    1. DEMARTINI et al. Diastasis of the rectus abdominis muscle prevalence in postpartum. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502016000200279> 
    2.  FRANCHI, Emanuele Farencena e RAHMEIER, Laura. Efeitos da ginástica abdominal hipopressiva no puerpério imediato – estudo de casos. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/7288> 
    3. THABET, Ali A e ALSHEHRI, Mansour A. Efficacy of deep core stability exercise program in postpartum women with diastasis recti abdominis: a randomised controlled trial. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6454249/>
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